Sete parques nacionais em Minas vão receber R$ 150 milhões em investimentos

Serão feitas melhorias na infraestrutura para atração de mais turistas, conservação do meio ambiente e desenvolvimento da economia local

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Anúncio foi feito em entrevista coletiva na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte
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Sete parques federais localizados em Minas Gerais vão receber R$ 150 milhões de investimentos para melhorias na infraestrutura. Ao todo, são mais de 700 mil hectares de preservação contemplados no estado.

Dentre as unidades beneficiadas estão: Parque Nacional da Serra da Canastra; Parque Nacional da Serra do Cipó; Parque Nacional do Caparaó; Parque Nacional da Serra do Gandarela; Parque Nacional Grande Sertão Veredas; Parque Nacional Cavernas do Peruaçu; e Parque Nacional das Sempre-Vivas.

Os valores serão divididos da seguinte maneira:
 

  • Parque Nacional da Serra da Canastra: R$ 34 milhões

  • Parque Nacional da Serra do Cipó: R$ 26 milhões

  • Parque Nacional do Caparaó: R$ 25 milhões

  • Parque Nacional da Serra do Gandarela: R$ 7 milhões

  • Parque Nacional Grande Sertão Veredas: R$ 17 milhões

  • Parque Nacional Cavernas do Peruaçu: R$ 18 milhões

  • Parque Nacional das Sempre-Vivas: R$ 19 milhões

Parque Nacional Serra da Canastra (Rafael D'Oliveira / Imprensa MG)

As unidades contempladas possuem uma grande extensão territorial, que se espalha pelos biomas Cerrado e Mata Atlântica. Estima-se que os sete parques recebam 380 mil visitantes anualmente, que ajudam a movimentar o ecoturismo e as economias regionais, além de serem essenciais para a conservação da biodiversidade e proteção de nascentes e recursos naturais.

“Esse investimento significa melhores trilhas, melhores centros de visitantes e maior apoio a quem visita. Se ano passado tivemos 380 mil turistas nesses parques, é bem provável que depois destas mudanças este número seja multiplicado. Teremos mais condição de mostrar aquilo que é tão bonito no estado, tanto para o mineiro, para o brasileiro e também para quem vem de fora do país”, destacou o governador Romeu Zema.

A medida vai contribuir com a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica, além de propiciar a conservação da vida nativa desses biomas, o fortalecimento econômico e a qualidade de vida da população das regiões e entornos.


Os recursos disponibilizados pelo Ministério do Meio Ambiente são decorrentes de um acordo que substituiu as multas ambientais impostas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), na tragédia de Brumadinho, e devem financiar ações de proteção e melhorias nos parques mineiros. O rompimento da barragem da Vale S.A, ocorrida em janeiro de 2019, tirou a vida de 272 pessoas e gerou uma série de impactos sociais, ambientais e econômicos na bacia do Rio Paraopeba e em todo o Estado de Minas Gerais.

“Queremos deixar claro o nosso compromisso com os parques nacionais. O acordo de Brumadinho é um belo exemplo de que é possível transformar o meio ambiente, especialmente aqui em Minas. São R$ 150 milhões em investimentos para trazer o turismo de natureza, que já existe, mas precisa de uma melhor estrutura. Nós vamos transformar multas em melhorias reais para a população, trabalhando juntos por um parque mais protegido”, disse o ministro de Meio Ambiente, Joaquim Leite.  

Dirceu Aurélio / Imprensa MG

Ecoturismo

O recurso poderá ser usado, dentre outras finalidades, para a compra de materiais, equipamentos, ferramentas e insumos operacionais para a gestão dos parques; proteção e combate a incêndios florestais; e infraestrutura, edificações e instalações para o ecoturismo.

Com o investimento, as unidades poderão fazer o monitoramento de fauna e flora com equipamentos tecnológicos avançados, incluindo implantação de microchips, drones e câmeras. Podem fazer, ainda, a modernização dos centros de visitantes e desenvolver as atividades de recreação e contato com a natureza, implantando novas estruturas para tirolesa, balonismo, turismo náutico, cavalgada, canoagem, dentre outros. Também serão adquiridos mais de 70 veículos, 40 computadores, kits de energia solar e sistemas de comunicação e conectividade.

Os valores viabilizam a conservação de 1,5 mil quilômetros de trilhas, que terão equipamentos de acessibilidade instalados, como pontes, passagens, decks, mirantes, banheiros e pontos de apoio, além de sinalização dos caminhos e atrativos. Cerca de 450 quilômetros de estradas que dão acesso aos parques também serão beneficiadas com os recursos.



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