Vice-governador e presidente do Servas percorrem áreas castigadas pela chuva em Antônio Dias, no Vale do Rio Doce

Eles acompanharam o trabalho de ajuda aos moradores da cidade e estiveram com familiares das vítimas dos temporais; cinco pessoas perderam a vida

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O vice-governador de Minas Gerais, Professor Mateus, esteve em Antônio Dias, na região do Vale do Rio Doce, nesta sexta-feira (13/1). O município foi um dos mais atingidos pelas fortes chuvas que têm castigado Minas Gerais no final de 2022 e nos primeiros dias deste ano, período em que cinco pessoas morreram na cidade.

Acompanhado da esposa, a presidente do Serviço Social Autônomo (Servas), Christiana Renault, ele esteve com familiares de duas irmãs e do sobrinho delas, que morreram na noite de Natal após um deslizamento de terra. Além deles, uma jovem de 19 anos que comemorava a data com o namorado na casa da família também perdeu a vida na tragédia.  

Outra vítima das chuvas no município foi um jovem de 25 anos, arrastado pelas águas no último domingo (8/1), no distrito de Barra Alegre, após o transbordamento do Córrego da Onça. No distrito, 50 residências ficaram inundadas em função das chuvas.

Ao percorrer diversas áreas e conversar com a população, Professor Mateus teve a oportunidade de ver os danos e a comunidade amparando os necessitados, além de acompanhar o apoio prestado pela prefeitura, equipes da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar.

“Há danos em diversas áreas e dói ouvir que essas famílias estão em lugares que nunca tinham passado por esse tipo de situação. É preciso ficar muito atento. Não é o momento de baixar a guarda, mas acompanhar a situação meteorológica e obedecer aos avisos da Defesa Civil, assim como às ordens de desocupação e tentar colaborar para que possamos salvar mais vidas”, alertou.   

Trabalho

Segundo o vice-governador, foi possível perceber a importância do que foi feito nos últimos anos, com a distribuição dos kits da Defesa Civil, como as viaturas e equipamentos, além de pessoas treinadas para atuar na defesa da população nesse momento de dificuldade.

“As Forças de Segurança e a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) continuarão atuando. Em relação às famílias, o Servas dará apoio aos necessitados. Esperamos ajuda da população mineira. A região precisará de muitos cuidados ao longo dos próximos anos”, disse.

Ao todo, foram adquiridos 497 kits (R$ 163,4 mil cada), contendo viatura 4x4, um notebook, uma trena digital e coletes reflexivos.

Servas

A presidente do Servas, Christiana Renault, destacou o apoio e doação de materiais para a população, mas frisou que ainda há necessidade de mais contribuição. “A solidariedade se faz presente aqui. Os vizinhos estão ajudando, assim como as pessoas das pequenas comunidades locais. Mas ainda precisamos fazer chegar muita coisa aqui”, afirmou.

“Precisamos de água, de leite, de insumos para reconstrução. Então precisamos efetivamente criar uma corrente para trazer aquilo que é necessário para quem já perdeu tanto”, complementou a presidente do Servas.

Situação de emergência

Desde setembro de 2022, 217 municípios mineiros decretaram situação de emergência em Minas Gerais, como consequência das fortes chuvas, que também provocaram 21 mortes e deixaram mais de 2 mil pessoas desabrigadas e mais de 11 mil desalojados.

Como ajudar

A campanha SOS Chuvas 2023, uma parceria entre a filial mineira da Cruz Vermelha e o Serviço Social Autônomo (Servas), tem como objetivo auxiliar a população mais vulnerável em cidades que tiveram ocorrências provocadas pelas chuvas.

Para ajudar com qualquer valor, basta fazer um Pix para a chave pix@cvbmg.org.br. No aplicativo do banco, aparecerá o nome da Cruz Vermelha Brasileira – Filial Minas Gerais. O dinheiro é transferido direto para a conta da SOS Chuvas.

A quantia vai abastecer os cartões humanitários que serão distribuídos nas cidades atingidas pelas chuvas. Eles têm duas modalidades de crédito: o cartão alimentação, para a compra de alimentos, materiais de limpeza e higiene, e o cartão construção, para adquirir telhas e outros materiais para reparo ou reconstrução de imóveis danificados.

De acordo com a entidade, o cartão dá autonomia para a família decidir o que precisa comprar, movimenta o comércio local - já impactado pela perda de poder aquisitivo dos clientes. Além disso, o custo do envio dos cartões é menor, por não exigir uma logística complexa, e a entrega é mais rápida.

Na edição anterior, foi possível distribuir 5.044 cartões que impactaram e deram autonomia a aproximadamente 25 mil pessoas.



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