Animais apreendidos são reabilitados

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Os animais resgatados durante a Operação Macaw, realizada entre os dias 17 e 18/9 de setembro, já estão sendo acompanhados por equipes veterinárias dos quatro Centros de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetas/Cetras) em Minas Gerais: Belo Horizonte (33 animais), Juiz de Fora (66), Montes Claros (6) e Patos de Minas (1).

Segundo a veterinária do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Laura Silva de Oliveira, que atua no Cetas de Juiz de Fora, alguns animais chegaram com visíveis sinais de maus-tratos. “A maioria deles estava com condição corporal elevada, proveniente de alimentação inadequada, levando-os à obesidade”, explicau.

Dois animais estão com quadros mais graves: um gavião Carcará, com fratura exposta, e uma maritaca, que também está com uma das asas fraturada. “Todos foram triados, avaliados e se encontram em quarentena para avaliarmos o comportamento, a ingestão hídrica e alimentar, e identificarmos a presença ou não de alguma patologia que possa se manifestar”, acrescenta Laura.

Já o Cetas de Belo Horizonte recebeu, dentre os animais, uma arara-azul grande, macacos-pregos e um píton (uma espécie de serpente), com cerca de três metros de comprimento, conforme a veterinária da unidade, Érika Procópio. “Chama a atenção porque algumas espécies nem ocorrem em Minas e no Brasil. No caso do píton, suspeitamos que estava sob cativeiro há bastante tempo ou passou por um processo intenso de superalimentação pelo tamanho apresentado”, avalia Érika.

Soltura

Os animais passam pelo processo de reabilitação e serão destinados, pelo IEF e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), às Áreas de Soltura de Animais Silvestres (Asas), onde serão reintegrados à natureza. No caso dos três micos-leões-dourados resgatados e encaminhados ao Cetas de Juiz de Fora a destinação será feita conforme instruções do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Plano de Ação Nacional para conservação da espécie.

Estes bichos serão encaminhados, provisoriamente, para o Centro de Primatologia do Rio de Janeiro. O órgão vai decidir se haverá soltura ou conservação em cativeiro, o que depende de vários fatores como genética e estado de domesticação, dentre outros. As espécies exóticas, como araras-azuis e pítons, serão destinadas a criatórios regularizados junto ao IEF e ao Ibama.