Atuação da PC vai além das investigações

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Investir na capacitação profissional e no bem-estar psicológico e físico do servidor e da comunidade em geral também é preocupação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG)

Mesmo diante da pandemia, as ações, sempre amparadas em metodologias seguras e em acordo às medidas de prevenção à covid-19, alcançaram resultados expressivos.

Balanço

Na área de formação e atualização de conhecimentos, por exemplo, a Academia de Polícia Civil (Acadepol-MG) promoveu o ensino de diferentes temáticas. Destaque para a criação de cursos na modalidade a distância e cursos sobre saúde mental em tempos de pandemia, violência doméstica e crimes cibernéticos.

Quase 40 mil pessoas foram capacitadas em 2020, incluindo policiais e administrativos da PCMG, além de servidores de outras instituições, profissionais liberais e professores da rede pública e particular.

A diretora da Acadepol, delegada-geral Cinara Maria Moreira Liberal, destaca que, diante das incertezas do último ano, a equipe procurou transformar e ressignificar a Academia.

“Buscamos capacitar nossos servidores a criarem novas habilidades, o que amplia o desempenho pessoal e profissional. Vimos que poderíamos ajudar também a sociedade de forma geral a enfrentar adversidades. Então, abrimos as portas da Acadepol e, com cursos adaptados aos novos tempos”, conta.

Pós-graduação

Ainda em 2020, o Instituto de Criminologia, ligado à Acadepol, concluiu o curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Criminologia – turma 2019/2020, com a formação de 22 servidores da PCMG, e abriu processo seletivo para a turma 2021/2022, num total de 50 vagas.

Outro passo importante foi a inscrição da Acadepol no Diretório de Instituições do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), visando à formalização de grupos de pesquisas. A Academia também busca a formatação de curso de pós-graduação para a área de Gestão Pública e Unidade Policial.

Atendimento psicossocial

Em outra frente de atuação, a Diretoria de Recursos Humanos, que integra a Superintendência de Planejamento, Gestão e Finanças (SPGF), foi responsável por oferecer serviços de apoio psicossocial aos servidores da Polícia Civil e familiares.

Só em 2020 o setor beneficiou 6,7 mil pessoas. De acordo com a diretora Kelly Regina de Souza Garcia, as atividades são voltadas para policiais e administrativos lotados em unidades das diversas regiões do estado.

A iniciativa inclui atendimento psicoterápico individual e psicossocial de urgência; apoio psicossocial a servidores com licença para tratamento de saúde e avaliação psicológica para porte de arma de fogo.

Há, ainda, apoio voltado ao campo espiritual e celebrações religiosas.

Outro foco são campanhas educativas para conscientizar, melhorar comportamentos e incentivar os cuidados com a saúde. Em 2020 houve campanhas de prevenção ao assédio moral e ao suicídio, entre outras.

A diretora ressalta que esse tipo de apoio agrega a qualidade de vida à rotina profissional. "O atendimento psicossocial é uma maneira de humanizar as relações interpessoais. A iniciativa agrega a comunidade em ações como a coconstrução de redes internas de relações mais cooperativas e criativas”, avalia Kelly Garcia.

Hospital da Polícia Civil

O Hospital da Polícia Civil (HPC) realiza, por ano, uma média de 35 mil atendimentos. A unidade, localizada no bairro Funcionários, em Belo Horizonte, presta serviço médico de diferentes especialidades, além de odontológico, psicológico, de nutrição e fisioterápico. Atualmente, há 42 mil pacientes cadastrados no HPC, entre servidores administrativos e das carreiras policiais (incluindo dependentes).

Em 2020, uma nova sala de atendimento odontológico foi montada e duas salas reformadas. Também foram inaugurados novos setores de fisioterapia e psicologia do Centro Biopsicossocial do HPC, no Barro Preto, capital. No local, também são realizadas perícias médicas. As obras no prédio continuam neste 2021.