Aumento na emissão de documentos sanitários comprova atenção de produtores de suínos com saúde dos animais

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Em abril, Minas movimentou 990 mil suínos. O destaque foi o trânsito para abate dentro do estado, que registrou aumento de 8% na comparação com mesmo mês do ano anterior. O levantamento do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), é baseado em dados das 9,8 mil Guias de Trânsito Animal (GTAs) de suínos emitidas durante o período. 

A maior parte do trânsito (95,75%) foi destinada para Minas. Os suínos foram principalmente deslocados para abate (63,99% e engorda (32,72%). O restante da movimentação são para outras finalidades. A maior parte dos abates (96,22%) aconteceu dentro do estado, o que sugere autonomia em relação ao fornecimento e consumo de carne suína. Para outros estados foram enviados 38,2 mil animais, sendo Rio de Janeiro o principal destino de abate (2,16%) e São Paulo de engorda (2,55%).

Movimentar animais corretamente, seguindo as normas, contribui com a qualidade da carne suína na ponta da cadeia produtiva. O objetivo da Guia de Trânsito Animal (GTA) é garantir a segurança sanitária dos bichos transportados, bem como manter a rastreabilidade em situações emergenciais. “A fiscalização do IMA permanece remota. Porém, em situações necessárias, é feita de forma presencial. Apesar da pandemia, acompanhamos de perto o trânsito de suínos, cujos relatórios são extraídos eletronicamente e permanecem dentro da normalidade”, informa a coordenadora do Programa Estadual de Sanidade Suídea do IMA, Júnia Mafra, .

GTA

Por determinação do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a GTA é o documento sanitário oficial para transporte animal no Brasil e contém informações essenciais sobre origem, destino, finalidade, espécie e vacinações. Cada espécie possui uma norma específica para emissão do documento.

Por meio do Programa Nacional de Sanidade Suídea (PNSS), o IMA executa em Minas diversos trabalhos de defesa sanitária com objetivo de assegurar a sanidade do plantel suinícola do estado. Uma das ações é a vigilância permanente da Peste Suína Clássica (PSC), que é aplicada tanto para as zonas livres da doença, quanto para aquelas que apresentam focos.

Minas é zona livre de PSC desde 2001 com reconhecimento do Mapa. Em 2016, o estado recebeu o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de Peste Suína Clássica, o que contribui para a ampliação de sua participação no mercado internacional, aumentando as vendas de carne suína para outros países.

O status de área livre de PSC foi conquistado pelo serviço de defesa sanitária animal do IMA em conjunto com produtores e granjas. Entre as diversas ações realizadas estão a coleta periódica de soro de reprodutores em frigoríficos, com objetivo de identificar a existência do vírus, e o atendimento às notificações de suspeita de animais com PSC.