Cemig desenvolve projeto para inspecionar rede elétrica com veículos aéreos não tripulados
O sistema de distribuição e transmissão de energia elétrica da Cemig é caracterizado por circuitos que percorrem longas distâncias, desde a fonte até os clientes. Devido à extensão, torna-se complexo inspecionar o sistema e a identificação de problemas na rede.
Para atualizar tecnologicamente todo o sistema de inspeção de linhas de distribuição e transmissão, a Cemig está desenvolvendo o projeto de P&D D0620 - DroneSCAN – Detecção de Anomalias no Sistema de Transmissão e Distribuição, com uso de veículos aéreos não tripulados (vants), câmeras, termocâmeras e processamento inteligente de imagens.
A iniciativa faz parte do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico (P&D), regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e vai utilizar vants para auxiliar inspeções e detectar possíveis falhas.

Atualmente, as inspeções são realizadas por especialistas – seja a olho nu ou com auxílio de equipamentos como termovisores – por meio de inspeções aéreas e terrestres, que percorrem circuitos pré-selecionados e estratégicos. Além de aprimorar as inspeções, a Cemig espera que a ferramenta seja útil para outras empresas do setor elétrico com grandes áreas de concessão, que possuem características e dificuldades semelhantes.
O projeto
Com orçamento de mais de R$ 1 mi, a iniciativa está em fase final de desenvolvimento de um algoritmo de rotas inteligentes. A ideia é que a ferramenta guie os veículos aéreos não tripulados para detecção de anomalias e nas linhas de transmissão, por meio da análise de imagens.
O diferencial tecnológico do projeto está na utilização de soluções de alto desempenho de processamento, com inteligência artificial diretamente no sistema, para permitir autonomia supervisionada de plano de voo com uso de visão computacional, GPS e sensores embarcados. Um software, integrado ao centro de operações e ao vant, também faz parte do projeto, para interpretar as imagens e gerar relatórios.
A iniciativa é fruto de uma parceria entre a companhia, a Fundação de Cultura e Apoio ao Ensino Pesquisa e Extensão (Funcepe) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE).