Dia Mundial do Café: Epamig contribui para protagonismo da atividade em Minas

  • ícone de compartilhamento

Nesta terça-feira (14/4) é comemorado o Dia Mundial do Café. Festejada também em 24/5 (dia nacional) e 1/10 (dia internacional), a bebida é a segunda mais consumida do mundo. Minas Gerais lidera a produção brasileira e responde por cerca de 20% do total mundial. A pesquisa cafeeira, o desenvolvimento e a difusão de novas tecnologias ocupam posição de destaque na consolidação deste cenário de liderança. 

Desde a década de 1970, a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) realiza estudos que buscam o aumento da produtividade, a aplicação de técnicas nas lavouras e a melhoria das condições dos cafeicultores e da qualidade da bebida. Nesse período, a média de produtividade no estado teve um salto de 11 para 32,6 sacas por hectare, segundo dados da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), pasta à qual a Epamig é vinculada.

As pesquisas abrangem todo o ciclo produtivo da planta, desde o preparo do solo e a indicação de cultivares selecionadas até os cuidados pós-colheita. Os estudos incluem também o desenvolvimento de variedades resistentes a pragas e doenças e com maior produtividade, controle químico e biológico de pragas e doenças, qualidade e agregação de valor ao produto final.

Os estudos de melhoramento genético do cafeeiro na empresa estatal começaram após a ferrugem ser constatada na cafeicultura brasileira. O programa, conduzido pela Epamig, pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Café) e pelas universidades federais de Lavras e Viçosa, já registrou 17 cultivares adaptadas às condições de clima e solo de diferentes regiões de Minas Gerais. Novos materiais estão em desenvolvimento.

O Banco de Germoplasma de Café da Epamig, localizado em Patrocínio, no Alto Paranaíba, é um dos maiores do Brasil, com mais de 1,5 mil materiais catalogados. O acervo garante a continuidade do programa de melhoramento genético do cafeeiro e a evolução da cafeicultura nacional, além de permitir a pesquisa e o desenvolvimento de plantas resistentes a pragas e doenças, mais produtivas e compatíveis às condições de clima e solo da região.

Os trabalhos da Epamig na cafeicultura estão acessíveis ao público por meio de mudas e sementes qualificadas, publicações e eventos técnicos - estes últimos temporariamente suspensos, em função da pandemia da Covid-19.