Escolas ligadas à Fucam desenvolvem ações de enfrentamento ao abuso e à exploração infantil
Escolas Estaduais geridas pela Fundação Caio Martins (Fucam) aderiram à campanha “Maio Laranja”, como forma de sensibilizar a população para o enfrentamento e prevenção ao abuso e exploração infantil. Na E.E. Dom Joaquim Silvério de Souza, no distrito de Conselheiro da Mata, em Diamantina, foi desenvolvida uma ação junto aos alunos para alertá-los sobre o crime e indicar como pode ser denunciado.

Por meio de recursos pedagógicos, a professora de história Natália Felix de Melo trabalhou com os alunos a leitura de textos, exibiu filmes, realizou palestras e debates. Ela também convidou os estudantes para atividades de mobilização, como a que ocorreu em 21/5, quando os adolescentes plantaram flores laranjas nos canteiros de uma praça da cidade, chamando a atenção da população sobre a campanha de combate à exploração infantil.
“É um trabalho carregado de simbologias que levam à reflexão. O projeto foi um modo de rompermos os muros da escola e acessarmos a comunidade local”, disse a professora , lembrando também que é uma forma de conscientizar a população.
A Escola Estadual Caio Martins, em Januária, no Norte de Minas Gerais, também realizou ações durante a última semana, para conscientizar os alunos sobre como se proteger dos crimes contra a criança.
Na unidade de educação palestras foram realizadas e um mural colaborativo foi montado pelos estudantes, que contaram a história de Araceli, uma menina de 8 anos de idade que, em 18/5/1973 foi sequestrada, drogada, violentada sexualmente e assassinada, em Vitória (ES). O crime se tornou símbolo para a campanha e, por isso, o dia 18/5 se tornou a data de combate a esse tipo de violência
Violência em números
Um levantamento feito no Brasil aponta que a cada hora três crianças são abusadas sexualmente. Cerca de 51% delas têm apenas de 1 a 5 anos de idade. Em um ano, o número de crianças e adolescentes violentados chega a 500 mil. E somente 7,5% dos crimes são denunciados às autoridades.
As denúncias podem ser feitas de forma anônima, por meio do Disque 100. A central de atendimento pode ser acionada a qualquer momento, 24 horas por dia, inclusive nos finais de semana e feriados.
A Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos também possui um número de WhatsApp (61) 99656-5008 e Telegram “Direitoshumanosbrasilbot”, que oferecem serviços de escuta qualificada.
Não se cale, disque 100.