ESP-MG e SES-MG finalizam série de seminários virtuais que tratou de temas da Conferência de saúde mental

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A Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG) e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) realizaram, nessa terça-feira (10/5), o terceiro e último seminário virtual da série que tratou da conferência de saúde mental, com transmissão pelo Youtube. Neste encontro, o tema discutido foi "Conferência de saúde mental: a desinstitucionalização como resgate e afirmação da cidadania".

A ESP e a SES iniciaram, em março de 2022, a primeira série de webinários em saúde mental, que teve como tema geral "Conferência de saúde mental: garantindo políticas públicas, cuidado e cidadania nos territórios". A proposta desses eventos foi abordar as temáticas e questões do campo da saúde mental, que também iriam pautar as conferências municipais e estarão presentes na estadual de saúde mental.

A V Conferência Estadual de Saúde Mental de Minas Gerais, que seria realizada de 19/5 a 21/5, em Belo Horizonte, foi adiada. No momento, aguarda-se confirmação de novas datas.

Debates

Participaram deste último seminário o psiquiatra, doutor em saúde coletiva, médico do CAPS AD e Professor da Unifesp – Santos/SP, Roberto Tykanori, que falou sobre sua experiência profissional e fez uma reflexão teórica sobre o processo de desinstitucionalização dos pacientes de saúde mental.

Já a psicóloga, Supervisora no Serviço Residencial Terapêutico (SRT) e Acompanhante Terapêutica, Isabela Cristina Leonardo, compartilhou suas experiências à frente das residências terapêuticas e deu alguns exemplos sobre situações vivenciadas nas casas e também como os moradores podem afetar os profissionais, fazendo-os refletir e repensar sobre suas práticas cotidianas.

Por fim, o usuário do SUS e morador da SRT Santa Amélia, em Belo Horizonte, Antônio Carlos Albergaria, de 81 anos, abriu sua fala recitando uma poesia e concedeu um depoimento sobre a experiência dele no sistema de saúde mental ao longo dos anos e, mais recentemente, na residência terapêutica. De acordo com Antônio, morar em uma residência terapêutica é uma sensação bem diferente de quando ele ficava internado em hospital, pois agora é bem melhor, já que tem liberdade.