Feira livre fortalece agricultura familiar em cidade da Zona da Mata
Agricultores familiares do município de Recreio, na Zona da Mata mineira, ganharam um novo espaço de comercialização para os produtivos que cultivam: a feira livre do município. A iniciativa, implantada desde o mês de junho, é da Emater-MG, órgão vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), e a prefeitura.
A feira funciona aos sábados entre 7h30 e 12h, na praça dos Ferroviários, Centro. As barracas, 18 no total, foram cedidas pela prefeitura. O município também é responsável pela divulgação do espaço e montagem das barracas. A Emater-MG cuida da mobilização e cadastro dos produtores, além da gestão da feira.
“É um canal efetivo de escoamento da produção. Eles divulgavam seu trabalho de forma individual, entregavam sob encomenda ou saíam oferecendo pelas ruas da cidade. Com a feira, passaram a ter um ponto fixo de comercialização”, afirma o extensionista da Emater-MG, Igor Gomes Alecrim.
Benefícios
O técnico ressalta que os agricultores reduziram o prejuízo com os produtos que não conseguiam vender. Já os artesãos e confeiteiros ganharam mais visibilidade e têm recebido mais encomendas para entregar durante a semana.
No espaço, são comercializados diversos produtos agropecuários como alface, beterraba, cenoura, feijão, limão, ovos, mel e queijos. São vendidos, também, doces de figo, laranja, abóbora, além de beijinho e brigadeiro. O público ainda encontra na feira peças artesanais como pano de prato, tapetes e artigos de cerâmica. Ao todo, 21 feirantes são beneficiados.
De acordo com a Emater-MG, a feira movimenta, em média, R$ 7 mil por semana.
A produtora Selma Pacheco de Melo vendia produtos de porta em porta. O queijo é o carro-chefe da produção, que também conta com doces, hortaliças, frutas e feijão. Com a implantação da feira livre, ela passou a trabalhar mais no novo espaço de comercialização. Apesar do pouco tempo de feira, a expectativa é que o resultado seja positivo.
“Está sendo bom. Acredito que mais para frente eu possa falar que vai aumentar bem a renda. A gente continua aqui na luta. Meu marido me ajuda. Ele planta, eu vendo e vamos em frente”, diz a produtora.