Fhemig incentiva visão humanizada em tratamentos de saúde e psiquiátricos

  • ícone de compartilhamento

Crédito: Divulgação/Fhemig

Pioneiro no tratamento aos usuários de álcool e outras drogas no serviço público brasileiro, o Centro Mineiro de Toxicomania (CMT), da Rede Fhemig, há quase quatro décadas, antes mesmo da Reforma Psiquiátrica, trabalha com a lógica do tratamento em liberdade.

Parceria com a Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Betim), por meio do Internato de Saúde Mental, contribui para a formação de profissionais com uma visão humanizada no âmbito da saúde e não apenas no campo da psiquiatria.

Desde o primeiro semestre de 2017, estudantes da disciplina Internato de Saúde Mental, do 9º período do curso de Medicina da PUC Betim, realizam estágio obrigatório no CMT, que consiste em três semanas de atuação na unidade. Eles atuam nas diversas áreas do serviço e cada um fica responsável por um caso clínico, com a supervisão dos professores e da equipe do CMT. Nos últimos dois anos, passaram pelo CMT uma média de 170 estudantes.

“Eles tem nos ajudado a fomentar a construção dos casos e os projetos terapêuticos de cada usuário, promovendo articulações com a rede, no âmbito do cuidado da atenção psicossocial”, ressalta a diretora do CMT, Mônica Borges. “O Internato de Saúde Mental da PUC Betim tem tornado a permanência dia mais dinâmica, mais viva e de maior interação com o usuário”, resume a diretora do CMT.

No internato são realizadas gincanas, shows de talentos, peças teatrais com encenação da história de vida dos usuários e construção do roteiro com a participação ativa deles, assim como bailes de máscaras, festas temáticas, dentre outros recursos criativos e lúdicos.

A futura médica Isadora Campos, de 25 anos, destaca o fato de que as pessoas que procuram o CMT não chegam na unidade com uma queixa específica. “Isso requer muito mais que recursos pessoais e profissionais para ajudar aquela pessoa. Antes do internato, aqui no CMT, eu não tinha dimensão dessa realidade social, eu tinha uma visão reduzida do problema”, reflete Isadora.

Sua colega de estágio, Juliana Zerbini, de 23 anos, conta que tinha muita expectativa em relação ao CMT. “É uma forma de abordagem diferente do consultório. A experiência aqui permite aprender numa perspectiva diferente, a gente tem muito mais contato com a realidade deles, com as questões familiares e sociais e com a relação deles com as substâncias”, pondera a estudante.

O CMT está localizado na Alameda Ezequiel Dias, 365, em BH, bairro Santa Efigênia. O ambulatório funciona todos os dias da semana, inclusive feriados, das 7 às 19h. Telefones: (31) 3217-9000.