Fórum de Agroecologia e Cultura Orgânica em Teófilo Otoni mostra força do campo na produção de alimentos

  • ícone de compartilhamento

O município de Teófilo Otoni, na Região do Jequitinhonha, sediou, de 23 a 27/5, o “Fórum de Agroecologia e Cultura Orgânica”, que contou com a parceria do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Mucuri. Cerca de 500 participantes de municípios dos vales do Mucuri, Jequitinhonha e São Mateus construíram e trocaram conhecimentos e habilidades sobre formas mais sustentáveis de produzir agricultura familiar. 

Em cinco dias de evento foram realizadas 32 oficinas, 11 atividades de campo, seis palestras e formação de grupos de trabalho para construção participativa da Carta da Agroecologia dos Vales do Mucuri, Jequitinhonha e São Mateus. 

O IEF promoveu, com a participação dos servidores Lariane Junker, Janaína Mendonça e Leônidas Soares, diversas oficinas sobre o Programa de Regularização Ambiental (PRA) e sobre princípios da intervenção ambiental na propriedade rural, que permitiram que agricultores, estudantes da área e servidores das prefeituras pudessem obter informações sobre a importância da proteção e recuperação dos recursos naturais e sobre aspectos legais dos atos autorizativos de responsabilidade do IEF. 

“O objetivo é que as comunidades busquem formas mais sustentáveis de produzir na agricultura familiar”, afirma a analista ambiental do IEF e presidente do CBH Mucuri, Janaína Mendonça. 

Janaína Mendonça também coordenou, em parceria com a prefeitura municipal de Teófilo Otoni, um dia de campo sobre conservação de água e protocolos ambientais. Cerca de 40 participantes visitaram uma nascente, realizaram plantio e acompanharam os impactos ambientais e as ações para recuperação do córrego Piquiri. 

Para o secretário de Governo do município, Pio de Castro, existe todo um processo e aprendizado para trabalhar os produtos orgânicos nas propriedades rurais. “O retorno econômico para o município é muito grande. Primeiro que as pessoas vão para uma feira um local para adquirir produtos de qualidade. Elas compram não só isso, mas também saúde e segurança alimentar”, disse durante o evento. 

Carta da agroecologia 

O Fórum também contou com um espaço para a economia popular solidária, com representação de mais de 3 mil negócios nos stands, entre alimentos e bijuterias. Os índios Maxacalis, que possuem tribo também em Teófilo Otoni, estiveram presentes com seus artesanatos. 

 O resultado do evento será a produção da Carta da Agroecologia, construída com os anseios dos participantes por um território sustentável, com qualidade de vida, segurança hídrica e alimentar, por meio do cuidado com os recursos naturais. No encerramento do Fórum, no dia em que se comemora o Dia da Mata Atlântica (27/5), foi realizado um plantio às margens do Córrego Piquiri.