HUCF realiza ações que chamam a atenção para a importância das doações de órgãos e tecidos

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A Comissão Intra Hospitalar de Doação De Órgãos, Tecidos e Transplantes (CIHDOTT), do Hospital Universitário Clemente de Faria (HUCF), da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), promove uma série de ações para conscientizar servidores, colaboradores e usuários, assim como a comunidade em geral, para a importância em ser um doador.

Setembro é mês de esclarecimentos sobre a doação de órgãos e tecidos para transplantes e a campanha tem como slogan “Eu sou doador e minha família sabe”, para deixar cientes parentes e amigos sobre a vontade da pessoa em ser um doador. Nesta semana, o HUFC tem uma programação com palestras, blitz educativa, distribuição de fita verde e o “HU Fone” - com a distribuição de mais de 50 brindes viabilizados através da parceria com o MG Transplantes e outras empresas.

O enfermeiro Otávio Henrique Macedo, presidente da CIDOHTT, explica que, desde 2009, o hospital busca conscientizar e esclarecer funcionários e a população sobre a importância do gesto solidário. “Nossa maior dificuldade na captação de órgãos e tecidos é a pessoa demonstrar, em vida, o seu querer, a sua vontade, e falar com a família que é um doador de órgãos. Queremos incentivar as pessoas a aceitarem e a deixarem claro com suas famílias que são doadores e que a sua vontade deve ser respeitada”, frisa.

Ainda conforme Otávio Henrique, para se tornar um doador, é necessário apenas informar à família. Com o diagnóstico de morte encefálica, seguindo protocolos rígidos e atualizados, os parentes autorizam a captação dos órgãos ou tecidos.

OPO Norte de Minas

A Organização de Procura de Órgãos para Transplantes (OPO) do Norte de Minas comemora aumento do número de doadores, mas ainda enfrenta grandes filas para transplantes. Segundo a entidade, houve aumento de 53% no número de doadores em 2020, em comparação ao ano anterior. Em 2021, a OPO registrou 28 doações e 49 transplantes de órgãos efetivados em Montes Claros.

Por outro lado, a organização enfrenta uma fila de espera de pessoas candidatas a transplantes, principalmente de rim, fígado, córnea e músculo esquelético. De acordo com a coordenadora da instituição, a médica Lorena Carvalho, os resultados alcançados com o aumento do número global de doadores e a queda do percentual de recusa das famílias são reflexos da política de fortalecimento das CIHDOTTs e de maior sensibilidade da população em relação às doações de órgãos.

Dois bons exemplos dessa nova fase são os cursos de diagnóstico de morte encefálica e de comunicação em situações críticas. Este último, busca aprimorar a abordagem às famílias e, com isso, ampliar a taxa de adesão. “Espero que, num futuro próximo, a população do Norte de Minas esteja mais consciente da importância da doação e que a região se torne exemplo para ao país como comunidade doadora”, diz Lorena Rebelo.