IEF mantém fiscalização ativa
A visitação às unidades de conservação administradas pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) está suspensa em prevenção à covid-19, mas a fiscalização em parques e outras áreas de preservação ambiental segue em andamento.
Equipes responsáveis pelas áreas de proteção continuam em campo na manutenção e fiscalização preventiva para coibir infrações nas reservas ambientais mineiras. Vistorias, patrulhamentos, limpeza e cercamento de pontos de visitação estão entre as principais ações.
Fiscalização
Exemplo recente da necessidade de fiscalização preventiva ocorreu no Parque Estadual do Rio Doce (Perd), no Vale do Aço. Servidores do parque, com apoio da Polícia Militar de Meio Ambiente (PMMAmb), percorreram trilhas que levam até as lagoas do Gambá, Caixote e São José com o objetivo de coibir a pesca ilegal e reduzir os impactos ambientais no local.
A vistoria terminou com a apreensão de materiais de uso proibido na área do parque, além de armas de fogo que estariam sendo utilizadas para prática de crime ambiental.
De acordo com o gerente do Perd, Vinícius Moreira, o trabalho de fiscalização é essencial para a preservação da biodiversidade do parque, que é a maior reserva de Mata Atlântica do Estado. “Inicialmente, fizemos um mapeamento das chamadas zonas quentes, ou seja, aquelas áreas onde há maior incidência de focos de atividades ilícitas. Dessa forma pudemos planejar ações estratégicas, em diferentes e alternados horários”, explicou.
As ações também buscam combater a caça e a pesca predatórias, além de monitorar zonas de amortecimento da Unidade de Conservação que têm sofrido impacto da expansão urbana
Prevenção
Na Área de Proteção Ambiental (APA) São José, na Região Central do estado, a fiscalização e o monitoramento são realizados ao mesmo tempo em que ocorrem as atividades de manutenção.
“Monitoramos a presença de animais (gados e cavalos) e percorremos os caminhos, trilhas e acessos da APA verificando a necessidade de manutenção; realizamos também a abordagem de visitantes que, mesmo com a proibição de acesso, são identificados nos limites da reserva para orientação e esclarecimentos”, explica o gerente da unidade de conservação, Itamar Cristófaro Silva.
As atividades são realizadas pelos guardas-parque e também incluem fiscalização quanto ao uso do fogo, retirada de plantas e ocupações irregulares. “Felizmente, estes problemas não têm se apresentado até o momento. Ainda assim, seguiremos monitorando”, garante o gerente.
Conservação
Já em Cordisburgo, no Monumento Natural Estadual Peter Lund, foi priorizada a limpeza dos aceiros, que são as faixas de terra entre a vegetação natural que previne que o fogo se propague. “A ação é intensificada nos meses mais frios do ano, época mais seca e propícia a incêndios florestais”, explica o gerente da unidade, Mário Lúcio de Oliveira.
Parc
O Monumento Natural Peter Lund e o Parque Estadual do Rio Doce são duas das 21 unidades de conservação incluídas do Programa de Concessão em Parques Estaduais (Parc), lançado pelo Governo de Minas Gerais em 2019.
O trabalho tem por objetivo contribuir para a inovação na gestão das áreas protegidas no estado e prevê atração de investimentos, geração de emprego e renda.