IMA combate raiva animal em Minas
O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) aproveita o Dia Mundial de Combate à Raiva (28/9) para alertar produtores e sociedade sobre os riscos da doença. Classificada como zoonose, a raiva é transmitida de animais para pessoas. Para os herbívoros de produção (gado, por exemplo), a transmissão se dá pelos morcegos hematófagos.
A melhor forma de prevenir os animais contra a raiva é a vacinação anual de todo rebanho. Sempre que há casos positivos para a raiva dos herbívoros, o IMA notifica às secretarias estaduais e municipais de Saúde e orienta pessoas que tiveram contato com o animal doente a procurar atendimento médico e informar sobre o ocorrido.
Fiscalização
Por meio de ações fiscalizatórias, o IMA reforça a importância da prevenção e do controle da doença no estado. A ação adequada contribui para preservar a saúde dos trabalhadores do campo e dos animais e dos produtos advindos da cadeia produtiva da carne e do leite, amenizando, também, eventuais prejuízos ao agronegócio.
Os atendimentos a focos e suspeitas são considerados de natureza essencial, sendo necessária a comunicação do produtor e sociedade ao IMA para que investigações e medidas sanitárias sejam tomadas pelos fiscais.
Mesmo durante a pandemia, já foram atendidas 164 notificações em todo o estado, com quatro forças-tarefas que chegaram a 239 propriedades rurais e 244 abrigos ativos, com captura de 1.085 morcegos hematófagos da espécie Desmodus rotundus, principal transmissor da doença.
Vale lembrar que os fiscais da linha de frente trabalham com todos os cuidados. Além da necessária sorologia protetiva contra a raiva, as equipes atuam com o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) como medida de prevenção contra a covid-19.
Força-tarefa
Nas propriedades, os fiscais investigam e coletam material para diagnóstico, que é realizado pelo Laboratório de Saúde Animal (LSA) do IMA, e fazem o controle populacional do morcego, além de ações de educação sanitária que conscientizam a população rural.
Quando ocorre um surto de raiva em alguma região, operações específicas de controle da raiva dos herbívoros são realizadas.
Notificações
Além da possibilidade de fazer o registro em www.ima.mg.gov.br ou pelo e-mail da unidade do IMA mais próxima, desde janeiro de 2020, as notificações de suspeitas e focos da raiva também podem ser realizadas pelo Sistema Brasileiro de Vigilância e Emergências Veterinárias (E-Sisbravet), ferramenta digital integrada desenvolvida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para acompanhamento do Serviço Veterinário Oficial (SVO) de cada estado da federação e instituições envolvidas.
Qualquer pessoa, seja produtora ou profissional da área de saúde animal, pode acessar a plataforma e informar suspeita de doenças ou alta mortalidade de animais. A partir dessa etapa, o caso será registrado com todos os passos da investigação. O sistema é integrado com a Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA) para acesso de dados de cadastro e população animal, além de previsão de integração com laboratórios, para acesso aos laudos de diagnóstico das doenças.
"Conforme diretrizes do Ministério da Agricultura, o atendimento, em sua maioria, é realizado em até 24 horas a partir da notificação. Para os trabalhos de educação sanitária, são aproveitadas as plataformas digitais e rádio para informar, orientar e aproximar os produtores e população geral dos trabalhos realizados no combate a raiva”, observa o gerente de Defesa Sanitária Animal, o médico veterinário Guilherme Dias.