Minas recebe seminário que avalia a Política Nacional de Promoção da Saúde

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A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) sediou o Seminário da 1ª Pesquisa de Avaliabilidade da Política Nacional de Promoção da Saúde da Região Sudeste. A pesquisa, promovida pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), é de abrangência nacional e tem como objetivo apoiar a difusão da política e identificar como esta vem sendo implementada nos estados e municípios brasileiros. As instituições executoras do estudo são a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Ceará e a Universidade Estadual do Vale do Acaraú.

Fábio Marchetto

O seminário aconteceu na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, na quarta-feira (16/8). Foram apresentados os primeiros resultados obtidos na Região Sudeste, que teve como representantes Minas Gerais e São Paulo. O evento está sendo realizado em todas as regiões do Brasil.

A subsecretária de Redes de Atenção à Saúde, Camila Moreira de Castro ressaltou a importância de Minas Gerais sediar o evento regional. “Ter o seminário aqui fortalece esse protagonismo que a gente quer instituir na SES-MG, diante da nossa Política Estadual de Promoção à Saúde (Poeps-MG). É um dia para debater, entender e discutir o modelo teórico, os indicadores e a avaliação dessa política, da melhor forma possível”, diz.

Para o diretor do Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde do Ministério da Saúde, Andrey Roosewelt Chagas Lemos, os conhecimentos devem ser alinhados para fortalecer os trabalhadores do SUS na integralidade dos cuidados com a saúde da população brasileira. “Esta pesquisa traz achados extremamente relevantes e estratégicos para olharmos para o nosso cotidiano, para os nossos processos de trabalho, identificar onde podemos aprimorar, aprofundar os conhecimentos e fazer debates e parcerias”, destaca.

Socorro Dias, professora da Universidade Estadual Vale do Acaraú e coordenadora da pesquisa, explica que o objetivo é reconhecer como está o andamento das ações em todo o território nacional. “Para a pesquisa, foram selecionados nove estados, o Distrito Federal e 50 municípios com a maior diversidade possível entre si. Foram elegíveis estados com políticas próprias de promoção à saúde, como é o caso de Minas Gerais, alguns que tiveram a intenção de instituir a política, mas não foi concretizada a implementação, e outros que seguem as diretrizes da Política Nacional. Buscamos movimentos nos municípios que expressassem a diversidade, incluindo aportes populacionais e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), para que fossem captados desafios diferentes em contextos diferentes”, afirma.

“Esse é o quarto seminário regional realizado até agora e falta o da Região Sul. Estamos em um momento de devolutiva desses resultados para os estados e municípios, fazendo uma análise via recorte regional. As evidências já anunciam diferentes níveis da implementação da política e o que podemos ver é que a existência da Política Estadual de Promoção à Saúde em Minas Gerais tem potencializado o enfrentamento dos problemas já identificados e também tem nos apresentado estratégias de como implementar a Política Nacional, por meio de uma política estadual, por exemplo. O desafio é trazer respostas para um problema de grande magnitude, que são as iniquidades”, complementa a pesquisadora.

De acordo com a diretora de Promoção da Saúde e Políticas de Equidade da SES-MG, Daniela Souzalima Campos, o mais importante é que os resultados possam ser utilizados como base para melhoria dos atendimentos à saúde das pessoas. “A partir dos resultados da pesquisa, a política vai ser redirecionada, para que, de fato, atenda às necessidades da nossa população”, comentou.

“O Governo de Minas assegura a via de financiamento para a política, o que dá sustentabilidade e anuncia viabilidade para uma implementação mais efetiva. A Poeps possui indicadores para monitoramento e avaliação, o que representa uma grande potência para impulsionar essa implementação. Desafios existem e nós estamos aqui para reconhecê-los. A política não pode ser estática, ela tem que ser adaptada de acordo com os índices obtidos para orientar novas tomadas de decisão. É necessário fortalecer o que a gente já identifica que é potente e colocar lupa sob o que ainda é insuficiente, para que a gente possa potencializar”, finaliza a pesquisadora Socorro Dias.