Pesquisadora indica cuidados para prolongar a durabilidade das flores em casa

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Divulgação / Seapa

Presentes tradicionais em datas comemorativas como o Dia das mães, as flores trazem alegrias e cores para os ambientes. Neste ano, em função das medidas de distanciamento adotadas no combate ao coronavírus, mais do que nunca as flores também foram enviadas. Mas como cuidar e aumentar a durabilidade, inclusive dos buquês naturais?

A coordenadora do Programa de Pesquisa em Flores, Hortaliças e Plantas Medicinais da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Simone Novais Reis, dá algumas dicas. “Antes de por o buquê no vaso, devemos retirar a embalagem que envolve as flores. A cada litro de água pode ser acrescida uma colher de água sanitária para evitar a propagação de fungos”, orienta.

A pesquisadora indica ainda que a água do vaso seja trocada diariamente e que folhas e pétalas soltas sejam descartadas. Outro cuidado diário é o corte de parte da haste da flor. “O vaso deve ser colocado em local de pouca exposição ao sol. Dessa forma é possível conservar as rosas por um período de sete a dez dias”, aponta.

Para plantas de vaso, a pesquisadora sugere que sejam seguidas recomendações específicas tanto no momento de regar, quanto na exposição ao sol. “Algumas plantas ornamentais, como os lírios da paz, se adaptam bem em ambientes sombreados e em apartamentos, outras exigem mais iluminação natural”, pondera.

A Campanha “Envie um abraço em forma de flor”, promovida pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), em parceria com suas vinculadas, Epamig, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG), e Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), incentiva o envio de flores também como forma de estimular o setor produtivo.

Minas Gerais é o segundo maior produtor de flores do Brasil e cultiva cerca de 300 espécies diferentes. A atividade tem um alto potencial de geração de empregos (em média dez profissionais por hectare). Cerca de 90% da produção é voltada para o corte e destinada a eventos e comemorações como casamentos, aniversários, congressos e formaturas. Por isso, o segmento foi um dos primeiros a sentir o impacto da pandemia da covid-19. “O mês de maio costuma ser uma espécie de Natal para a floricultura, não só pelo Dia das mães, mas também pelo grande número de casamentos realizados neste período”, destaca Simone Reis.