Produtores do Sul de Minas investem em marca coletiva de café vulcânico
Com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater–MG), cafeicultores de Poços de Caldas e de cidades vizinhas, no Sul de Minas, criaram uma marca coletiva chamada “Cafés da Região Vulcânica”. O objetivo é dar visibilidade ao potencial cafeeiro local.
O extensionista agropecuário da Emater-MG, Aparecido Venâncio Martins, explica que a denominação “café vulcânico” foi dada devido às características da área de solo vulcânico existente entre o Sul de Minas Gerais e o Nordeste do estado de São Paulo, onde o café da marca coletiva é produzido.
A região abrange 12 municípios localizados na caldeira de um vulcão extinto há 80 milhões de anos. Andradas, Bandeira do Sul, Botelhos, Cabo Verde, Caldas, Campestre, Ibitiúra de Minas e Poços de Caldas são as cidades mineiras. Já Águas da Prata, Caconde, Divinolândia e São Sebastião da Grama, também incluídos na marca, são os municípios paulistas.
Características
De acordo com a secretária da Associação dos Produtores do Café Vulcânico, Ana Maria Cagnani, o grão produzido na região vulcânica tem uma qualidade distinta devido à condição geográfica. “O clima mais frio e a altitude das lavouras, que varia de 700 a 1.300 metros, o solo rico em minerais e a tradição que a região possui no cultivo do café possibilitam um produto com boa acidez e intenso”, afirma.
A marca Cafés da Região Vulcânica é regulamentada, controlada e protegida pela Associação dos Produtores do Café da Região Vulcânica, que está em atividade desde 2012. O empreendimento foi lançado oficialmente em 2020, durante a Semana Internacional do Café, mas o projeto começou em 2018, com auxílio da Emater-MG, vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), e do Sebrae.