Projeto de educação sanitária completa 15 anos
Educar, sensibilizar e comunicar defesa agropecuária e segurança alimentar para as crianças mineiras. Os desafios propostos ilustram as ações do Projeto Sanitaristas Mirins, idealizado pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).
Lançado há 15 anos, a ideia original do Núcleo de Educação Sanitária (NES) é compartilhar conceitos e atividades no cotidiano de famílias do meio rural ou urbano, formando um consciente coletivo para multiplicar informações sobre a segurança alimentar e os cuidados com os animais de produção e os vegetais.
O projeto também se faz presente no livro “A educação sanitária no dia a dia dos alunos - descobrindo a agropecuária na escola”, chancelado pela Secretaria de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) como obra didática pedagógica de importância e qualidade para os pequenos e seus familiares.
"Estamos celebrando muitos anos de histórias bem-sucedidas com o projeto sanitaristas mirins do IMA, cujas atividades contribuem para formar e despertar desde cedo nas crianças a importância dos cuidados com os animais, vegetais e a saúde humana. Com atividades lúdicas em prol da segurança alimentar e defesa agropecuária, formamos nas gerações o conceito de saúde única, tão importante para a vida em comunidade, seja no meio rural ou urbano”, destaca o diretor-geral do IMA, Thales Fernandes.
Livro
A coordenadora do NES e médica veterinária do IMA, Ana Cristina Paiva, autora e idealizadora do livro “A educação sanitária no dia a dia dos alunos - descobrindo a agropecuária na escola”, comemora os 15 anos do Projeto de educação sanitária infantil, considerado um dos mais importantes da área no Brasil. “Contamos com uma excelente equipe trabalhando em cidades do interior de Minas. O mérito é deles e dos representantes de educação sanitária e coordenadores regionais que sempre apoiaram o projeto. Os alunos multiplicam com as famílias as informações técnicas traduzidas para uma linguagem adequada à idade deles”, argumenta.
O projeto ensina conteúdos como fiscalização, inspeção e certificação, influenciando na mudança de atitudes e comportamentos de toda a comunidade onde vivem. “Elas se sentem orgulhosas das raízes. Em suas redações e trabalhos as crianças dizem querer trabalhar no IMA quando crescerem e que esse é um projeto maravilhoso, que pode mudar suas vidas e de seus pais. Essas crianças serão os futuros produtores rurais mais conscientes de seus papeis como os principais elos da agropecuária”, aponta.
Outras ações
Entre as ações do projeto, peças de teatro encenam focos de doenças de animais de produção e vacinação dos rebanhos. Os personagens vestem o uniforme de veterinário (estetoscópio e jaleco), explicando ao produtor rural a importância dos cuidados e prevenção.
“Minas Gerais é um estado com muitas diferenças regionais. Acredito que um dos grandes trunfos do Sanitaristas Mirins é realizar treinamentos de professores e alunos, com o suporte do NES. Inclusive abordando assuntos da defesa agropecuária que não estão no livro, mas são importantes para o município e sua realidade”, analisa Ana Cristina.
Dinâmica inédita
As coordenadorias regionais do IMA, com o apoio do NES, criaram um programa on-line para alunos e professores de escolas do ensino fundamental do estado. O projeto piloto inédito teve início durante a pandemia e está sendo implantado nas regiões, despertando nas crianças o interesse pela atividade rural e normas sanitárias.
Maciel Borges, servidor da Coordenadoria Regional de Pouso Alegre, informa que o novo formato on-line tem sido uma boa experiência. “Estamos nos surpreendendo a cada dia com a dedicação de alunos e professores. As crianças nos enviam vídeos e fotos da propriedade rural onde vivem e dos animais que criam. Ao iniciar o projeto on-line com alunos e professores, percebemos no olhar de cada um a empolgação em conhecer as atividades do IMA e também em compreender a importância deles no dia a dia. Mostramos aos produtores que a educação é sempre o melhor caminho para o futuro da agropecuária. E com esse pensamento partimos para o diálogo nas escolas”, incentiva.