Projeto de recuperação ambiental é estendido para 2023

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Coordenado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), o Projeto Conexão Mata Atlântica registra a recuperação de mais de 1,1 mil hectares de áreas de matas nativas em Minas Gerais em quatro anos de atuação.

Diante do desempenho positivo, o programa, que seria encerrado em 2021, foi estendido até 2023, com a meta de restaurar outros 1,5 mil hectares.

As ações incluem a recuperação de áreas degradadas e a capacitação de produtores rurais em técnicas de manejo sustentável da água e do solo, utilizando uma abordagem moderna de manejo florestal sustentável.

Histórico

Ao longo dos anos, o projeto já distribuiu de cerca de 549 mil mudas de espécies nativas e outras 34 mil de espécies de árvores exóticas, como eucalipto e mogno africano. Até o momento, 131 propriedades rurais da Zona da Mata mineira foram beneficiadas.

O trabalho é desenvolvido na Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, que compreende as sub-bacias dos rios Pomba, Muriaé, Preto e Paraibuna.

Marcelo Araki, coordenador do projeto e analista ambiental do IEF, explica que todas as sub-bacias do Paraíba do Sul foram priorizadas devido à importância na contribuição de água. “As sub-bacias, que apresentam degradação, são muito utilizadas para o abastecimento urbano do Sudeste do Brasil". 

Segundo balanço divulgado pelo IEF, 182 mil metros de cerca foram utilizadas para proteção de 230 Áreas de Preservação Permanente (APP) na região, como nascentes e matas de topo de morro.

Também foram distribuídas 549.993 mil mudas de espécies como café, pupunha, banana, guanandi, cacau, abacate, e outras usadas nos sistemas agroflorestais.

Benefícios

O principal objetivo do Projeto Conexão Mata Atlântica é produzir benefícios para a natureza e para os produtores rurais, especialmente na restauração de áreas. “As ações incluem aspectos importantes como a proteção da biodiversidade e a capacitação de proprietários cadastrados no trabalho para utilização adequada dos recursos naturais”, descreve Marcelo Araki.

Uma das formas de atuação do projeto é a realização de atividades de capacitação para produtores realizadas com apoio das equipes das Unidades Regionais de Florestas e Biodiversidade (URFBio) do IEF localizadas na região da Zona da Mata.

As cidades Astolfo Dutra, São Francisco do Glória, São Geraldo, Senador Cortes, Santo Antônio do Aventureiro, Argirita, Eugenipólis, Itamaraty de Minas, Santana de Cataguases, Laranjal, Palma, Miradouro, Rio Pomba, Guiricema e Guarani já receberam atividades que envolveram, ao todo, a participação de mais de mil pessoas.

Mesmo com a pandemia da covid-19, algumas atividades têm sido realizadas com atenção às normas de prevenção e uso de EPIs. Produção de mudas nos viveiros do instituto, cercamento de nascentes por empresas contratadas e realização de vistorias técnicas nas propriedades também permanecem, contando com o apoio, em algumas ocasiões, de equipamentos como drones nas ações de campo.