Propagação de mudas de capim beneficia pecuaristas familiares da região Central
Um trabalho de propagação de mudas de capim está obtendo bons resultados, com geração de renda para agricultores familiares e melhoria da alimentação do rebanho bovino, na região Central do estado. A iniciativa começou há quatro anos, quando o técnico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater–MG) de Cordisburgo, Ronaldo Teixeira da Rocha, participou de um treinamento na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Na ocasião, ele conheceu uma nova cultivar de capim elefante, a BRS Capiaçu, desenvolvida no centro de pesquisa, e recebeu alguns feixes de muda para que fizesse a multiplicação em canteiros de sua região. Em Cordisburgo, a propagação começou com três famílias. Hoje, cerca de 110 produtores, em 14 municípios locais, plantam a cultivar, que ocupa área estimada de 70 hectares.
De acordo com a Embrapa, o capim proporciona alta produção de forragem para o gado, na forma de silagem ou picado verde. “Ele tem um percentual de proteína maior e a produtividade mais elevada em relação a outros capins elefantes, com a presença de massa verde por um período maior”, afirma o técnico da Emater-MG.
O produtor rural Alex Dias Santos começou a fazer mudas e formar capineiras com o Capiaçu há dois anos. Além do capim para silagem, ele também tem um canteiro para comercialização de mudas. As vendas complementam a renda obtida com a pecuária leiteira: nos últimos dois anos, o produtor vendeu mais de 70 toneladas da cultivar.
“Tem bastante encomenda porque a qualidade do capim é muito boa. Comecei com um hectare, depois passei para seis, mas vou aumentar ainda mais a área para ter capim suficiente para alimentar os animais o ano todo com silagem”, conta o produtor.