Proprietários de áreas de soltura de animais silvestres são homenageados no Norte de Minas 

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Instituto Estadual de Florestas (IEF), por meio de sua Unidade Regional de Florestas e Biodiversidade (URFBio) do Norte de Minas, homenageou dois proprietários rurais que têm Áreas de Soltura de Animais Silvestres (Asas) em suas casas. A moção foi conferida pela relevância dos serviços prestados aos Centros de Triagem de Animais Silvestres de Minas Gerais (Cetas). Na ocasião, foi destacada também a atuação de médicos veterinários e biólogos da unidade. 

Somente na semana de 8 a 10/12, o Cetas de Montes Claros encaminhou cerca de 50 aves para reabilitação em unidades do projeto Asas em Berilo e Grão Mogol. Os animais, após irem para essas áreas, permanecem por um período de aclimatação de 90 dias para, só então, serem reintroduzidos na natureza.  

“Essa é uma missão para poucos. Animais silvestres vítimas de tráfico, atropelamento, cativeiro irregular, ferimentos por linhas de cerol, entre outros tipos de crimes ambientais, têm recebido acolhimento, tratamento e destinação adequada em Minas Gerais. Nos Cetas, eles recebem assistência até estarem saudáveis e preparados para envio às áreas de soltura”, explica a supervisora do Regional Norte do IEF, Margarete Caires Azevedo.  

Áreas de Soltura de Animais Silvestres 

Aumentar o número de propriedades rurais propícias à soltura de animais silvestres em Minas Gerais é o principal objetivo do Projeto Asas. O programa identifica terrenos que possuem estrutura adequada para receber os animais silvestres. 

Para isso, são realizados levantamento faunístico, caracterização e avaliação da propriedade. As áreas rurais são selecionadas a partir da manifestação voluntária de proprietários interessados em participar do projeto, por meio de cadastro. 

De acordo com a analista ambiental Érika Procópio os parceiros cadastrados voluntariamente são fundamentais para o sucesso do Projeto Asas. “Além de alimentação, eles fornecem espaço adequado, como um viveiro para que o animal possa passar um período de adaptação ao habitat natural”, observa. 

O Asas é uma parceria entre o IEF, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e as organizações não governamentais (ONGs) Waita Instituto de Pesquisa e Conservação e a Águas Vivas Socioambiental. 

Minas Gerais conta com 51 áreas cadastradas junto ao IEF e aptas para soltura. São três Cetas, localizados em Montes Claros, no Norte de Minas, Juiz de Fora, na Zona da Mata, e Belo Horizonte. Os dois últimos são unidades compartilhadas com o Ibama. 

Interessados em cadastrar uma propriedade no projeto para contribuir com a conservação da fauna, podem acessar o site www.ief.mg.gov.br