Retábulo da Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem será restaurado

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Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) concluiu a licitação para contratar empresa especializada para a restauração do retábulo do Sagrado Coração de Jesus da antiga matriz de Belo Horizonte — chamada de Igreja Matriz da Boa Viagem de Curral de El-Rey — que atualmente está instalado na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem, na capital.  

O projeto prevê imunização contra cupins, revisão e substituição de peças estruturais ineficientes, recomposição do fundo, do forro do camarim e do coroamento, além de limpeza e reintegração da camada pictórica e douramento. Serão investidos R$ 200 mil, vindos de emenda parlamentar.

O retábulo é remanescente da antiga matriz, provavelmente datado do fim do século XVIII, com características do Rococó mineiro. A peça tem ornamentação em talha dourada representando rocalhas, folhas de acanto, rosas e outros elementos fitomorfos sobre fundo branco. O corpo é composto por duas colunas jônicas, marcadas por estrias em diagonal. Internamente, e tem duas pilastras dispostas em plano recuado. No camarim, o trono escalonado recebe uma réplica em madeira da imagem de Nossa Senhora da Boa Viagem. 

Este retábulo esteve no Museu Abílio Barreto até 1999, quando foi restaurado e transferido para o coro da igreja da Boa Viagem. 

Histórico da catedral

A Catedral de Nossa Senhora da Boa Viagem passou por várias construções e demolições. A última intervenção aconteceu em 1931 e foi projetada pelo escritório do arquiteto Luís Signorelli. O tombamento estadual da Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem foi feito em 1977 e abrange a catedral e a praça que a circunda, além dos bens que compõem o seu interior, como a Imagem de Nossa Senhora da Boa Viagem, o lavatório da sacristia, a pia batismal, a custódia do Congresso Eucarístico Nacional, os três retábulos da antiga matriz e os dois sinos da catedral, remanescentes da antiga matriz.