Semad e IEF participam de operação de combate a crimes ambientais

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Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e o Instituto Estadual de Florestas (IEF) participaram, nessa quinta-feira (17/9), de operação deflagrada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). O objetivo da força-tarefa é combater as práticas de associação criminosa (quadrilha), lavagem de dinheiro e crimes contra o meio ambiente, como guarda ilegal em cativeiro, maus tratos, comércio ilegal e tráfico de animais silvestres.

A operação, denominada Macaw, também contou com a participação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), das polícias Militar e Civil de Minas Gerais e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Ao todo, foram expedidos 24 mandados de busca e apreensão, cumpridos em Ribeirão das Neves, Sete Lagoas, Manhuaçu, Caratinga, Caraí e Uberlândia - todas cidades mineiras. As ações também foram executadas em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro. 

De acordo com o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas, Germano Vieira, a ação deflagrada demonstra a relevância da articulação interinstitucional para alcançar resultados efetivos no combate ao tráfico de animais. "As ações executadas permitem, além da apreensão de animais sob condição de irregularidade e maus tratos, também a identificação dos responsáveis pelos criatórios ilegais", destacou.

Quatro aves silvestres em cativeiro ilegal foram apreendidas, além de um jacaré, um mico-leão dourado, um macaco-prego e cobras. A expectativa é de que outras espécies sejam resgatadas até o final das operações, que continuam em campo.

Coordenadora estadual de Defesa da Fauna do MPMG, a promotora Luciana Imaculada de Paula destacou que a operação é resultado da criação, em 2019, do grupo de combate ao tráfico de animais. Durante o cumprimento dos mandados, policiais e fiscais colheram análises biológicas de animais silvestres encontrados em cativeiro para verificar se eles, em algum momento, foram retirados da natureza. Ao todo 20 servidores da Semad participaram das buscas.

O subsecretário de Fiscalização Ambiental da Semad, Cézar Augusto Cruz, explica que há a suspeita de que animais sejam comercializados com notas fiscais falsas, o que daria ao comprador a sensação de estar adquirindo um animal silvestre dentro do que determina a legislação. “As equipes detectaram a presença de espécies diversas como tamanduá mirim, cobras, macacos-prego, aves silvestres. Realizamos cerca de cem análises genéticas de papagaios e araras-canindé para averiguar as origens”, frisa.

Todos os animais apreendidos serão entregues para reabilitação nos Centros de Triagem de Animais Silvestres de Belo Horizonte e Juiz de Fora, administrados pelo Ibama em parceria com o IEF. As espécies também serão encaminhadas ao Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras), de Patos de Minas, unidade gerenciada apenas pelo IEF.
 

Operação Macaw - Fotos: Sisema / Divulgação
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