Defesa Civil encerra período chuvoso com mais de 394 toneladas de itens doados a atingidos pelas chuvas

Além da ajuda humanitária, capacitação de pessoas, articulação entre instituições e estruturação de equipes locais fizeram parte da estratégia para suporte aos mineiros

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O Governo de Minas Gerais, por meio da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), divulgou, nesta segunda-feira (3/4), o balanço das ações estaduais no período chuvoso 2022/2023.

O último ciclo de chuvas começou em 21/9/2022 e terminou em 31/3/2023. Neste intervalo, além dos apoios aos municípios, a Defesa Civil Estadual auxiliou no fornecimento de material de ajuda humanitária à população atingida pelas fortes chuvas, com totalização de mais de 39 mil itens (ou 394 toneladas).

Cedec / Divulgação

Foram distribuídos 15.031 cestas básicas, 4.933 colchões, 4.519 kits dormitório (fronha, lençol, travesseiro e cobertor ou manta casal), 6.824 kits higiene (sabonete, papel higiênico, absorventes, escova e creme dental) e 7.699 itens avulsos (água sanitária, vestuário, água mineral, álcool em gel, lonas, kits de limpeza, alimentos, fraldas, dentre outros).

As ações de ajuda humanitária e defesa civil foram desenvolvidas como resposta à demanda de 12.858 pessoas desalojadas – que tiveram de deixar suas casas em decorrência de efeitos diretos das fortes chuvas – e 2.241 desabrigados – que necessitaram de abrigo público, em função de danos ou riscos de danos em seus domicílios. Foram registradas, ainda, 22 mortes em decorrência do período chuvoso.

A situação de anormalidade foi decretada em 289 municípios no intervalo, e todos tiveram o apoio da Cedec na articulação com órgãos e entidades para organização de ações de resposta e restabelecimento da normalidade, além de envio de equipe de resposta para auxiliar a cidade quando necessário. Agentes regionais de Defesa Civil e integrantes da Cedec fizeram, neste intervalo, 206 visitas a municípios para atuação direta nos locais.

Apoio continua

Em adição às doações realizadas ao longo do período chuvoso, a Cedec também distribui, nesta segunda-feira (3/4), uma nova leva de material de ajuda humanitária para municípios que ainda enfrentam desafios provocados pelas chuvas.

São quase 30 mil itens (10 mil cestas básicas, 4.901 colchões, 4.418 kits dormitório, 4.854 kits higiene e 5 mil kits limpeza) que serão distribuídos ao longo do mês de abril para 100 cidades mineiras.

Preparação é a palavra-chave

O ano de 2022 foi marcado pelo maior investimento em Defesa Civil já realizado na história de Minas Gerais. Foram adquiridos e distribuídos 497 kits, que custam R$ 163,4 mil cada, contendo uma viatura 4x4, um notebook, uma trena digital e coletes reflexivos, totalizando assim um investimento de mais de R$ 81 milhões. A ação busca estruturar os municípios e garantir melhor atendimento em situações de emergência, como inundações e outras situações adversas.

O investimento é fruto do Acordo Judicial, assinado em abril de 2020, que estabelece ações compensatórias pelos danos decorrentes do rompimento das barragens da Vale S.A., em Brumadinho. A tragédia tirou a vida de 272 pessoas e gerou impactos sociais, ambientais e econômicos na bacia do Rio Paraopeba e em todo o estado de Minas Gerais.

O investimento em estruturação veio acompanhado da investida em capacitação de pessoas e agentes de Coordenadorias Municipais de Proteção e Defesa Civil (Compdecs). O Seminário de preparação para o período chuvoso 2022/2023 e o Curso Básico de Gestão de Desastres receberam, ao todo, 1.617 participantes e 408 integrantes de Compdecs.

Comparação entre períodos chuvosos

O período chuvoso 2021/2022 foi marcado por números mais atípicos se comparado com os últimos anos. Foram 60.593 pessoas desalojadas, 9.538 desabrigadas, 30 óbitos e 450 municípios em situação de anormalidade.

Para o superintendente de Gestão de Desastres, major Luis Antônio e Silva, os números referentes ao período chuvoso 2022/2023 mostram não apenas uma redução dos números, mas também uma eficiência nas ações de prevenção e de resposta. “Foram aproximadamente 30% a menos (municípios em situação de anormalidade), então a gente percebe que o efeito da chuva foi mais tranquilo no estado de Minas Gerais. Agora, quando falamos de número de desabrigados e desalojados, tivemos 80% de redução, então a gente percebe que as ações da Cedec de prevenção e pós-desastre têm sido muito efetivas”.



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