Governo do Estado apresenta 1º Diagnóstico da Segurança Pública de Minas Gerais em congresso

Estudo traz dados científicos sobre criminalidade, vitimização, condições de trabalho dos profissionais, capacidades municipais e do sistema de Justiça

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O governador Romeu Zema e o vice-governador Mateus Simões participaram, nesta quarta-feira (24/9), da abertura do Congresso do 1º Diagnóstico da Segurança Pública de Minas Gerais, no auditório JK, na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte.

Esse estudo é resultado de uma parceria firmada entre a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e o Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com dados científicos de 2024 e 2025.

O diagnóstico revela uma mudança no perfil criminal, com redução de crimes patrimoniais e aumento de crimes cibernéticos, indicando a necessidade de reforçar estratégias de prevenção e conscientização no ambiente digital. Minas Gerais é o primeiro estado a contar com um Centro Integrado de Inteligência Cibernética (Ciberint), estrutura voltada para a prevenção, neutralização e repressão a atos criminosos, especialmente relacionados à violência em escolas.

O chefe do executivo mineiro falou sobre a importância do diagnóstico para o trabalho das forças de segurança do estado e disse que ele será fundamental para avançar nas ações e políticas públicas de diminuição da violência no Estado.

"Primeiro, o meu reconhecimento, agradecimento a todas as Forças de Segurança de Minas Gerais, nossa Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Penal, Sistema Socioeducativo, pelo trabalho feito. Sempre estamos entre os estados mais seguros do Brasil, e isso tem sido fundamental para que nós possamos continuar esse processo de consertarmos o Estado", iniciou o governador.
 

 

"Apesar dos avanços na nossa gestão, ainda temos muito o que fazer. Em um dos nossos pilares, a atração de investimentos, que tem acontecido, a questão da segurança pública é sempre muito considerada quando alguém vem investir em Minas Gerais. Temos conseguido trazer muitos investimentos porque aqui todos, a empresa, o investidor, sabem que não vão ter que ficar negociando com o crime organizado para poder operar", destacou Romeu Zema.

 
   
   


Levantamento

Esta é a primeira vez que Minas Gerais realiza um estudo tão amplo e integrado, cruzando dados de registros policiais com percepções da população e qualidade de vida dos profissionais. O diagnóstico aponta ainda crimes não registrados e oferece uma visão científica para orientar decisões públicas.
 

 

"A gente podia estar aqui comemorando o fato de que temos melhora da sensação de segurança, que nós temos redução dos índices de criminalidade relativos a crimes patrimoniais, dentre outras metas atingidas. Mas eu sempre me pergunto se nós temos o cuidado de entender que é preciso alcançar objetivos finalistas, mais do que justificar a nossa existência pelo fato de estarmos trabalhando", pontuou o vice-governador Mateus Simões.

 
   
   


O objetivo central do estudo é subsidiar políticas públicas com base em evidências, otimizar recursos, fortalecer a integração institucional e valorizar os profissionais da segurança, e se insere na missão do Governo de Minas de utilizar dados qualificados para criar um sistema de segurança mais eficaz, que aborde desde o bem-estar dos profissionais até a prevenção de novos tipos de crime.

Quatro pilares principais

O diagnóstico estabeleceu quatro pilares centrais de pesquisa: vitimização, que descreve a realidade e a sensação de segurança vivida pela população; qualidade de vida no trabalho, que analisa o bem-estar e as condições profissionais oferecidas aos servidores da segurança; capacidades municipais, que identifica o grau de envolvimento das cidades nas políticas de segurança; e o levantamento das capacidades institucionais, que avaliou a estrutura do sistema de justiça criminal.

"Esse diagnóstico resultou em, aproximadamente, 1,5 mil páginas de um trabalho de pesquisa intensa, que vai retratar exatamente aquilo que está acontecendo em Minas Gerais, sem nenhum tipo de disfarce, sem nenhum tipo de mentira, sem nenhum dado enganoso para dizer que nós estamos bem em determinada área e mal em outra", detalhou o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas, Rogério Greco.
 

 

"A ideia é identificar o problema para que a gente possa enfrentar com tranquilidade, serenidade e fazer tudo que estiver ao nosso alcance para uma resolução", acrescentou Rogério Greco.

 
   
   


O Congresso do 1º Diagnóstico da Segurança Pública está sendo realizado até esta quinta-feira (25/9), reunindo especialistas, gestores e servidores da segurança, com o objetivo promover uma análise qualificada do resultado da pesquisa.

Estado mais seguro

Diagnóstico da Segurança Pública de MG (Cristiano Machado / Imprensa MG)


Desde 2019, houve aumento de 60% nos investimentos para a segurança em Minas, possibilitando incremento na frota, reforço no quadro de pessoal, melhorias estruturais nas unidades, aquisições de armamentos e equipamentos, inauguração de novos postos policiais, além da criação de programas inovadores de atendimento à população e capacitações profissionais aos servidores.

Minas Gerais se destaca na expressiva redução dos índices de criminalidade violenta nos últimos anos, com reduções de 54% nos crimes violentos, mais de 65% nos roubos consumados e tentados e mais de 50% na quantidade de veículos roubados de 2024.

Na comparação dos dados de janeiro a agosto de 2025, em relação ao mesmo período do ano passado, houve queda nos registros de quase todos os crimes violentos, como a redução de 9,92% de homicídios, 25,71% de roubos, 6,25% de sequestros e cárceres privados e de 9,39% de estupros.



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