A Diretoria de Desenvolvimento Acadêmico (DDA) do Hospital Universitário Clemente de Faria (HUCF), da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), conclui nesta sexta-feira (17/4) capacitação para aperfeiçoamento técnico das equipes de servidores que atuam na linha de frente de enfrentamento ao coronavírus. A unidade, localizada em Montes Claros, é referência nos tratamentos de casos suspeitos e confirmados, diante da situação de pandemia.

O treinamento é realizado em conjunto com os setores envolvidos no combate à doença: Pronto-Socorro, CTI Adulto, Unidade Semi-intensiva, Bloco Cirúrgico e Clínica Médica, entre outros. O objetivo é repassar para os servidores técnicas, procedimentos e cuidados recomendados para o tratamento de pessoas infectadas pela Covid-19.

O diretor de Desenvolvimento do HUCF, Roberto Rodney Ferreira Júnior, destaca a importância e a motivação para este trabalho. “A Diretoria de Desenvolvimento Acadêmico, observando uma necessidade maior, buscou fazer algumas parcerias para melhorar os processos de treinamento para médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos de Enfermagem, farmacêuticos, nutricionistas e demais integrantes da equipe multiprofissional que, em certo momento, possam atuar na linha de frente no combate ao novo coronavírus”, ressalta.

O treinamento teve início na segunda-feira (13/4). A previsão, segundo os organizadores, é de que as capacitações tenham continuidade em maio. As atividades foram desenvolvidas no Centro Alfa de Treinamento e Simulação em Saúde (Cats), no Centro Ambulatorial de Especialidades Tancredo Neves (Caetan) – que fica anexado ao HUCF.

Preparação

As ações específicas estão focadas no treinamento em Fluxograma Covid-19, oxigenação do paciente grave, sequência rápida de intubação orotraqueal, dispositivo supraglótico, cricotireoidostomia, parada cardiorrespiratória (PCR), paramentação e desparamentação.

Em todos os procedimentos, estão sendo utilizados os equipamentos necessários de segurança, assim como bonecos de via aérea e de cricotireoidostomia, tubo endotraqueal nº 8, máscara laríngea nº4, fio guia, laringoscópio, lâmina laringoscópio curva nº4, dentre outros.

Roberto Rodney fala sobre a dinâmica das capacitações. “Nós propusemos três ações específicas. A primeira, que está em andamento, é um treinamento em forma de reciclagem para os profissionais que já atuam no Pronto-Socorro, no CTI Adulto, Bloco Cirúrgico e Unidade Semi-Intensiva”, explica. Segundo ele, esta última foi criada no intuito dos procedimentos de emergência da Covid-19.

O diretor destaca, ainda, que profissionais e coordenadores dos diversos setores atuam nos processos. “As capacitações ocorrem em pequenos grupos de, no máximo, oito pessoas, com intervalos de uma hora e meia, e englobando todos os plantões nos setores já mencionados”, afirma.

No Cats, há também um robô que consegue simular várias ações ou sintomas que um paciente doente pode ter, o que, de acordo com Rodney, melhora o aprendizado dos servidores. “O ‘boneco’ simula uma aceleração de falta de ar, taquicardia e outros movimentos que são úteis no treinamento desses profissionais em momentos de intubação, parada cardiorrespiratória e demais cuidados de monitorização dos pacientes”, finaliza.