Minas prepara resposta rápida contra as doenças do coração 

Setembro Vermelho reforça a importância da prevenção e da agilidade no atendimento às doenças cardiovasculares

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As doenças cardiovasculares seguem como uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo. Em Minas Gerais, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), vem fortalecendo a resposta rápida diante desse desafio, com a implantação do projeto estratégico Linha de Resposta Rápida. 

O projeto atua desde a prevenção até o atendimento hospitalar, com protocolos que agilizam exames e garantem tratamento adequado em casos de infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e trauma. Na Atenção Primária, as equipes monitoram fatores de risco como hipertensão, diabetes, colesterol alto e tabagismo, além de incentivar hábitos saudáveis. Já nos serviços de urgência e emergência, como o Samu, UPA e hospitais, o cuidado é guiado por protocolos técnicos que determinam prazos máximos para exames essenciais. 

Entre as medidas, destaca-se o eletrocardiograma (ECG) para pacientes com dor torácica ou suspeita de infarto. O exame deve ser feito em até 10 minutos a partir da triagem e avaliado de imediato pelo médico, com registro na Classificação de Risco. “Cada minuto de atraso significa risco de vida. Um paciente com infarto agudo do miocárdio pode perder até 11 dias de expectativa de vida por minuto sem atendimento”, explica Letícia Cota, da Superintendência de Política de Atenção Hospitalar da SES-MG. 

Além da resposta rápida, a ampliação da estrutura hospitalar também é prioridade. Entre janeiro e agosto de 2025, uma ação conjunta da SES-MG com o Ministério da Saúde aumentou em 14% os leitos de Unidade Coronariana (UCO) nas macrorregiões Oeste, Sudeste e Triângulo do Norte, totalizando 127 leitos disponíveis no SUS em Minas. 

O impacto das doenças é expressivo: em 2024, uma pessoa morreu por infarto a cada 17 minutos no estado. Hoje, os óbitos por doenças circulatórias representam cerca de um quarto das mortes em Minas. Para enfrentar esse cenário, além da resposta emergencial, a prevenção continua sendo fundamental. “Consultas regulares, exames de rotina e controle dos fatores de risco são passos essenciais para reduzir complicações”, reforça Samara Costa, médica cardiologista da Santa Casa de Belo Horizonte e do Hospital São Lucas. 

A atualização das diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia em 2025, que inclui maior rigor no controle do colesterol e na estratificação de risco, também reforça o movimento em curso. A expectativa é reduzir de forma consistente os eventos cardiovasculares, as hospitalizações e a mortalidade. 

Combinando prevenção, protocolos ágeis e mais estrutura hospitalar, Minas Gerais avança para oferecer uma resposta rápida e eficaz contra as doenças do coração, garantindo mais vidas salvas e melhor qualidade de atendimento. 



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