Museu Mineiro da Extensão Rural será inaugurado no primeiro semestre deste ano

Equipamento está sendo construído na sede da Emater-MG; curadoria do acervo é realizada pela UFMG

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Um espaço dedicado à memória da extensão rural de Minas Gerais. Esse é o principal objetivo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na construção de um museu sobre o tema. O espaço funcionará na sede da empresa, em Belo Horizonte. A inauguração está prevista para o primeiro semestre de 2023.

As obras tiveram início em novembro. A ideia é proporcionar uma experiência especial para que os visitantes conheçam a trajetória, pioneira no Brasil. Para contar essa história, além de fotografias e objetos, serão utilizados textos explicativos e vídeos com depoimentos de extensionistas e agricultores.

“A gente tem um orgulho muito grande de ser o berço da extensão rural no país. Resgatar essa história e mostrá-la para a população, principalmente para a população urbana, é muito importante para valorizar o trabalho da extensão rural e dos produtores rurais”, diz o diretor-presidente da Emater-MG, Otávio Maia.

Otávio Maia ressalta que, além do espaço físico, também está sendo preparada uma versão digital do museu para que pessoas de outras localidades tenham acesso à história e à memória do campo.

Acervo

O acervo do Museu Mineiro da Extensão Rural está sendo catalogado por estudantes universitários do curso de Museologia da UFMG. A equipe, coordenada pelo professor e vice-diretor da Escola de Ciência da Informação da UFMG, Jezulino Mendes Braga, também é responsável pela narrativa do museu. Serão abordados temas como: Vida no Campo; Extensão Rural e Perspectivas Futuras.

“O projeto conceitual da exposição foi feito partindo da ideia de que os saberes dos homens e mulheres do campo e os saberes propostos pelos técnicos e pelas técnicas da Emater foram partilhados para a melhoria da qualidade da vida rural. É preciso entender esse processo de partilha”, diz Braga.

O vice-diretor da UFMG destaca, ainda, a originalidade do acervo do museu. “Nenhuma instituição no Brasil possui acervo tão rico sobre o tema da extensão rural. A partir do momento em que projetamos um museu e posteriormente um arquivo, potencializamos a produção de conhecimento sobre processos cooperativos de melhoria na vida do campo, qualidade na produção de alimentos, desenvolvimento de tecnologia para o meio rural. Essa produção serve como base para  a implantação de políticas públicas por parte do Estado”, afirma.

Jeep da Acar

Entre os destaques do museu, está o Jeep Willys MB. O veículo de 1949 desempenhou um papel estratégico no tempo da Associação de Crédito Rural (Acar-MG), empresa que antecedeu a criação da Emater-MG na década de 70.

Com os primeiros extensionistas a bordo, o Jeep Willys ultrapassou várias barreiras físicas para acessar famílias rurais que residiam em locais de difícil acesso.

Estrutura e acessibilidade

O arquiteto do Departamento Técnico da Emater-MG, Flávio Lima, assina o projeto arquitetônico, já aprovado pela diretoria executiva da empresa.

O Museu da Extensão Rural contará com piso antiderrapante e antichamas. A iluminação será móvel e flexível, facilitando a adaptação de acordo com a disposição dos objetos e fotos. O museu contará ainda com monitores para a exibição de vídeos e, na entrada, haverá um espaço para a realização de exposições temáticas e temporárias.   



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